A Alfândega
O grande desenvolvimento
económico apresentado pela Vila de Olhão no segundo quartel do século XIX, nomeadamente através do comércio marítimo, justificou a criação de uma Alfândega em 1842, com um quadro de pessoal
privativo constituído de começo por um diretor, um tesoureiro, um verificador,
um escrivão de receita, um escrivão de carga e descarga, um porteiro, um
meirinho, quatro guardas de bordo, um patrão e três remadores.
Os serviços foram instalados
num edifício existente junto ao mar, virado para a então chamada Praça do Comércio, mais tarde designada
de Largo da Alfândega e depois, definitivamente, Largo Patrão Joaquim Lopes. A
casa seria, nas palavras de Ataíde Oliveira, pertença dos herdeiros de António
Alberto.
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| Edifício da Alfândega à direita. As casas no centro da imagem, sendo a da direita um forno, faziam parte da extinta Rua José Pacheco. |
Também aí esteve alojada a
Capitania do Porto de Olhão até à sua transferência para o local onde ainda se
encontra.
O imponente edifício, com dois telhados de duas águas e com
chaminés, dispunha de uma fachada principal donde sobressaía, para além das 7 janelas de madeira pintada de branco com varandas de ferro forjado, um frontão decorado por cima da platibanda. As portas de madeira eram pintada de castanho.
| Pormenor do frontão da fachada principal |
O peso dos anos e algum descuido na sua manutenção deram-lhe um ar bastante degradado no final do século XX.
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| O edifício da Alfândega em 1997 |
Na primeira década deste século foram levadas a cabo obras de restauro e requalificação.
Presentemente o edifício tem sofrido alterações no seu traçado exterior original, nomeadamente nas portas do rés do chão, ocupado por estabelecimentos e nas janelas do primeiro andar que alberga a sede local do Partido Socialista.
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| O edifício da Alfândega em 2015 |




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