O aumento da população e o desenvolvimento económico de
vila de Olhão, entre os finais do século XVIII
e a primeira metade do século XIX,
determinaram a progressiva urbanização dos terrenos das hortas e das
cercas que a rodeavam.
O caminho do Alto do Pau Bolado
(ou Alto do Barro Vermelho), que bordejava a Cerca da Fábrica da Igreja, a Cerca do Ferro e a Horta do Júdice,
constituiu desde logo uma das entradas importantes da vila por ser uma área
relativamente distante dos sapais, e portanto seca em qualquer altura do ano.
A construção do cemitério em 1853 no seu limite norte acrescenta-lhe tal importância que, sobre o seu traçado primitivo será construído, na década seguinte, um ramal de ligação com a Estrada Faro-Tavira.
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Entrada na Rua 18 de Junho, pela EN125 |
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Placa toponímica existente na casa da fotografia anterior |
Em 1887, 49 fogos tinham como morada o Campo do
Cemitério.
No início do século XX , em 1903, chega a Olhão a
construção da via férrea e junto ao cemitério é construído um viaduto.
Já
com o nome que se perpetuou no tempo, 18 de Junho, a rua via nascer o cine-teatro Salão Apolo, em 1915.
Artéria muito movimentada, foi sempre
abundante de comércio e indústria:
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Escritórios e oficinas da Empresa Rodoviária do Sotavento do Algarve, 1968 |
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Hotel Caíque, anos 70 |
Ilustrando bem a sua importância, casas com bonitas fachadas:
O Arquivo Histórico Municipal Rosa Mendes tem as suas instalações na Rua 18 de Junho:
Topónimo 18 de Junho: Assinala o dia da vitória dos olhanenses contra as tropas francesas, no sítio da Meia-Légua.
Fontes:
Sandra Romba, Evolução Urbana de Olhão
Antero Nobre, Breve História de Olhão
Rol de Confessados, 1887
Rol de Confessados, 1887
Fotografias da net
Fotografias da autora
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