Importante é preservar a memória dos lugares. OLHÃO é a minha Cidade.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A Feira de Olhão


 A Feira de S. Miguel
 

Embora Olhão já fosse Freguesia desde 1695, a 1ª demarcação só ocorreu em 8 de Junho de 1722, com os seguintes limites : Moinho de Levante, Poço das Bombas, monte de Bartolomeu Martins, e Moinho do Poente.
 
Em 1753 foi concedido o alvará para a realização da Feira Franca nos dias 28, 29 e 30 do mês de Setembro.
 
Na "Corografia ou Memória Economica, Estadistica e Topografica do Reino do Algarve", de 1841, na página 345, João Baptista da Silva Lopes diz que Olhão tem " Feira franca de 3 dias a 30 de Abril e outra a 29 de Setembro".
Até 1872, a Feira realizou-se no Campo da Feira, que ia desde a Igreja Matriz até ao Poço Novo. Nessa data iniciou-se a construção da 1ª fase do Passeio Publico e a Feira foi transferida para as Prainhas depois de terem sido aterrados os charcos que aí existiam. Este espaço haveria de ser designado de Largo da Feira.
 
O Correio Olhanense, de 28 de Setembro de 1924, noticiava na primeira página a abertura da Feira de São Miguel, instalada no Largo das Prainhas.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Levante I


António Martins
Duas fotografias do Largo da Alfândega, da década de 20.
A casa do lado esquerdo era um forno. Atualmente está a estátua da Floripes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Casa Baeta



A casa Baeta foi construída em 1928, em Olhão, na Avenida Dr. Bernardino da Silva (n°s. 70 a 82). Os seus azulejos são da autoria de Jorge Colaço.
Mais informação

Casa Rosa


Edifício localizado na Avenida Bernardino da Silva. Muito bem preservado.


Os Chalés


O Chalé do Pedro Zé foi demolido em 2009 para dar lugar ao Minipreço, na zona Industrial.



Vila Garrocho na década de 1910.Este chalé estava implantado no lado oeste da atual Avenida Bernardino da Silva.
Fonte: Passos, José Manuel Silva - O Bilhete Postal Ilustrado e a História Urbana do Algarve - Caminho, 1995



Vila Garrocho, provavelmente na década de 1980, um pouco antes da sua demolição.
 

domingo, 14 de setembro de 2014

Jardim João Serra - IV

 

Recordemos, então, o Jardim João Serra, inaugurado junto com a Estação de Comboios em 1903. (fotos e informação retiradas DAQUI)




 
A parte central da Avenida da República era formada por quatro passeios centrais. Aqui é o cruzamento da Avenida com a rua da estação e a actual  Rua Patrão Joaquim Casaca ( antiga Rua da Manjua ). 

 
 E aqui estão os tão apreciados  e desaparecidos bancos da autoria de Jorge Colaço.


A estação dos Caminhos de Ferro, ao fundo.



No Jardim estavam o Depósito e o Poço Velho a partir do qual se iniciou a primeira rede de abastecimento público de água de Olhão.
Nos anos 50 eram poucas as casas abastecidas de água pela rede pública, e em muitas delas havia um poço. Na segunda metade dos anos 50 tornou-se obrigatório o abastecimento público e foram construídos os depósitos abastecedores, um nas traseiras da Santa Casa da Misericórdia e o outro junto ao que é hoje a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos José Carlos da Maia.

sábado, 13 de setembro de 2014

Vila Cubista

Guia Turístico do Concelho de Olhão de 1946.
Publicação da APOS.


Jardim João Serra - III

Em quatro dos bancos referidos no post anterior, pode ler-se a legenda dos motivos aí retratados.
Neste banco, a composição central apresenta a medalha referida no Alvará de 15 de Novembro de 1808, documento de elevado valor histórico que determina  a elevação do Lugar de Olhão a Vila de Olhão da Restauração bem como outras benesses oferecidas ao Povo de Olhão pelo Rei D.João VI como recompensa pela expulsão dos Franceses e da libertação do Reino dos Algarves do jugo Napoleónico.

Jardim João Serra - II







O Jardim João Serra ficava paredes meias com a Estação dos Caminhos de Ferro. Tinha basta vegetação, um coreto e estes bancos artísticos, da autoria de Jorge  Colaço.
A construção do Palácio da Justiça ditou o fim deste belo jardim, atualmente reduzido a uma estreita faixa arborizada, adornada com uma figura em pedra - homenagem dos Olhanenses à poetisa Florbela Espanca, que morou por um breve período de tempo em Quelfes.
Dos magníficos bancos perdeu-se o rasto, embora se diga que um ou outro foi parar a Lisboa.
Aquando da construção do Jardim Pescador Olhanense, a edilidade da altura achou por bem mandar fazer uma réplica destes bancos. A incúria, a indiferença e a falta de civismo de alguns tem deixado marcas de degradação nestes bancos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Comércio I


O Campo da Feira



Provavelmente uma das primeiras fotografias tiradas em Olhão na última década do século XIX. Uma feira.

O edifício à direita era o Hotel Franco Portugais, e posteriormente, a estação dos Correios.
À esquerda está a Igreja Matriz.

A partir deste local até ao edifício onde veio a ser a Recreativa Progresso Olhanense era a denominada Rua Nova do Campo da Feira ou simplesmente Campo da Feira  ( não confundir com o Largo da Feira localizado na zona ribeirinha, Prainhas), da qual veio a nascer o 1º troço do Passeio de D. Luís, mais tarde Avenida da República.


O mesmo edifício na atualidade. 



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A margem direita da fotografia colorida corresponde à margem esquerda destas fotografias.
No primeiro conjunto habitacional (esquerda da fotografia) morou o Pároco da Igreja Matriz até 1912. Entre 1912 e 1926 foi alugada pela Câmara Municipal para servir de escola do Ensino Primário. Em 1926, a Câmara comprou o edifício que continuou como escola primária até 1948, data em que foi devolvida à Igreja para moradia do Pároco. A GNR instalou-se no segundo edifício (morada do sacristão da Igreja Matriz) desde 1912 até à data da sua mudança, nos anos 70, para o local onde ainda está atualmente.
No pequeno jardim fronteiro foi colocado o  Busto de João Lucio, sendo, por isso, conhecido como o Jardim João Lúcio.

Ilhas


Ilha da Armona, 1928.
Casa do Dr. Francisco Fernandes Lopes, comprada ao faroleiro.

Rua Almirante Reis

Casas características da Rua Almirante Reis

Constituindo um dos mais antigos e importantes eixos exteriores ao Bairro da Barreta, a Rua Almirante Reis estabelecia, em finais do século XVIII,  a ligação entre as freguesias rurais de São Bartolomeu de Pechão e São Martinho de Estoi e a Praia de Olhão, a sul, já com habitações dispersas.
Conhecida primeiramente como Cabanas de São Bartolomeu e posteriormente Rua de São Bartolomeu, o seu troço primitivo (sul) encontrava a Rua de Faro e estendia-se até entre os (atuais) Largo de João de Deus e Largo de São João de Deus.
Em 1899, tomou o nome de Rua de Seabra de Lacerda, governador civil de Faro, e no seu limite norte passaria, daí a alguns anos, a linha do caminho ferro. 

 
Rua Almirante Reis, provavelmente nos anos 20 do séc XX, vendo-se ao fundo a linha do caminho de ferro


O desenvolvimento urbanístico do princípio do século XX determinou o seu crescimento para norte, até à estrada nacional 125.


Em 1910, passou a ser designada, até aos dias de hoje, de Rua de Almirante Reis.
Atualmente, a Rua Almirante Reis vai da Rua de São Sebastião à EN 125.
No troço médio, existiu um poço, onde os seus moradores  e os das ruas  vizinhas iam abastecer-se, e que é visível no lado esquerdo da foto seguinte:


No final dos anos 70, no local do poço entretanto fechado, foi instalado um quiosque de jornais e revistas.
Teve este troço, também, durante largos anos e até à presente década, uma bomba de gasolina.
Nenhum destes equipamentos existe hoje em dia.

O desmantelamento da bomba de gasolina